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Liberte-se das opiniões alheias

Tenho uma percepção bem clara de como podemos cultivar a sensação de liberdade ao deixarmos de nos preocupar com que os outros pensam sobre nós.

Para mim, libertar-nos dos julgamentos de terceiros a nosso respeito deve começar com uma atitude interna de libertação do julgamento que fazemos às pessoas com quem convivemos.

Em geral quando eu converso com quem tem dificuldades de se libertar do que outros pensam a seu respeito, percebo que na realidade o problema é que elas estão presas no paradigma de julgar as outras pessoas e o que elas pensam a seu respeito.

Então, para nos libertarmos dessa dificuldade, primeiro temos que parar de julgar os outros e do que achamos que elas estão pensando sobre nós.

Mas como conseguir isso?

A resposta é mais simples do que imaginamos: mediante a observação de si mesmo, do autoestudo.

Aqui preciso abrir um parêntese para falar sobre a importância das técnicas de meditação, pois a medida que praticamos a meditação a capacidade de autoestudo aumenta muito.

Como tenho sempre o habito de, todas as noites, fazer uma reflexão sobre como foi o meu dia, para verificar o que eu poderia ter feito de melhor, comecei a observar repetidas vezes um incômodo ao imaginar o que os outros pensavam sobre mim.

Isso se repetiu algumas vezes, a ponto de eu sentir uma necessidade de fazer um autoestudo.

Não tardei muito a descobrir que a origem desse sentimento negativo era o fato de eu estar fazendo o mesmo com as pessoas.

Por vezes, quando eu via alguém, pensamentos e julgamentos começavam a surgir em minha mente sobre essa pessoa.

Por mais que eu não desejasse isso, era inevitável… e isso me incomodava muito mesmo…

O ápice foi o dia que um amigo muito querido, que vivia em New York, fez a gentileza de me convidar para visitá-lo.

Chegando na casa dele, ao invés de simplesmente desfrutar da sua companhia, percebi que eu estava incomodado, com um certo receio sobre o que ele estaria pensando a meu respeito, pois além de amigos também tínhamos algumas relações comerciais.

Paralelo a esse meu julgamento, eu também o estava julgando e tecendo comentários (tudo mentalmente) a respeito dele.

Foi então que tive o insight e disse para mim mesmo: – olha o que vc está fazendo Brant!
(Isso mesmo, muitas vezes eu converso comigo mesmo para fazer ajustes no meu comportamento)

Foi então que interrompi a corrente de pensamentos e julgamento sobre ele e comecei a elogiá-lo pela coragem e determinação que ele teve de ter saído do seu pais de origem e estar construindo um vida de sucesso em outro.

No momento em que eu substitui o julgamento negativo por um sentimento de admiração, imediatamente me libertei da preocupação sobre o que meu amigo poderia estar pensando a meu respeito.

Desde então, quando me percebo preocupado com o que o outro possa estar pensando sobre mim, surge em minha mente, quase que instantaneamente, um sentimento ou pensamento positivo em relação ao outro, e então, como que num passe de mágica, me liberto dessa preocupação.

Dessa forma compreendemos o quanto o autoestudo pode nos auxiliar a nos tornarmos uma pessoa plena e nos libertarmos da preocupação sobre o que os outros pensam sobre nós.

Afinal, a famosa lei do espelho diz: o que me incomoda no outro, é o que tenho dentro de mim.

autoestudo, comportamento humano, felicidade